Arquivo mensal: maio 2009

Chimpanzé Clube Trio (2007) – Chimpanzé Clube Trio

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01 – Pula Sagüi
02 – U.S.M.L.
03 – Gatunos da Noite
04 – O Jogo do Mico
05 – Chimpanzé na Cachaça
06 – Um Rancho na Jamaica
07 – Extrato de Energia Volátil
08 – Escada Abaixo
09 – Neander Town
10 – Botata Doce
11 – Surf no Deserto
12 – O Poico do Juleno

Citando-me:

O Chimpanzé Clube Trio existe desde 2002 e já tem um disco e uma demo na bagagem; o disco é homônimo e foi lançado pela Tratore, em 2007; a demo é de 2003, se chama “Sessões de Quintal” e foi inteiramente captada na edícula do baterista Angelo “Turco” Kanaan; “gravada num md8 com mics tosqueras espalhados pela sala” – segundo o próprio. Ambos os discos possuem material bem bacana e bastante conciso em seu conjunto – desde a escolha dos timbres às surpreendentes reviravoltas rítmicas, os Chimpas dão um show em seus instrumentos. Os outros dois membros da banda, Luiz Miranda e Felipe Nelson Crocco, se revezam entre guitarra e baixo. Os 3 representam 60% da banda Abimonistas, “que está hibernando por tempo indeterminado…” – informa Angelo mas o abimonismo jamais deixará de existir” – completa.

Tá aí pra vocês o disco dos amigos Chimpas; aproveitem!

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A Sagração da Primavera(1910) – Igor Stravinsky

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rite_of_spring_pond_dance.w450h450(Imagen – Rite of Spring:Pond Dance    Andrea K. Lawson)

01. Le Sacre du printemps: Introduction
02. Le Sacre du printemps: The Augurs of Spring (Dances of the Young Girls)
03. Le Sacre du printemps: Ritual of Abduction
04. Le Sacre du printemps: Spring Khorovod (Round Dance)
05. Le Sacre du printemps: Ritual of the Rival Tribes
06. Le Sacre du printemps: Procession of the Sage
07. Le Sacre du printemps: Adoration of the Earth (The Sage)
08. Le Sacre du printemps: Dance of the Earth
09. Le Sacre du printemps: Introduction
10. Le Sacre du printemps: Mystic Circles of the Young Girls
11. Le Sacre du printemps: Glorification of the Chosen One
12. Le Sacre du printemps: Evocation of the Ancestors
13. Le Sacre du printemps: Ritual Action of the Ancestors
14. Le Sacre du printemps: Sacrificial Dance (The Chosen One)
15. Symphony in Three Movements: I – tempo equals 160, tempo equals 80
16. Symphony in Three Movements: II – Andante – tempo equals 76
17. Interlude – tempo equals 76
18. III – Con moto – tempo equals 108

Essa gravação foi feita pela Philarmonia Orchestra, sob regência de Esa-Pekka Salonen.Contém as gravações do ballet  ”A Sagração da Primavera” e da ”Sinfonia em 3 movimentos”.

Stravinsky concebeu a obra “Sagração da Primavera” em 1910, quando, segundo as suas palavras, “sonhou com uma cena de ritual pagão em que uma virgem eleita para o sacrifício dança até morrer”.Inflexões e variações sutis de velocidade fazem com que a música se torne viva.Os ritmos de Stravinsky são muitas vezes complexos e assimétricos.”A novidade na Sagração consiste não na escrita,ou na orquestração,ou mesmo no aparato técnico da obra, mas em sua realidade musical”

Stravinsky foi chamado de ”revolúcionário” pelo impacto causado quando A sagração da primavera foi apresentada pela primeira vez, nas vésperas da primeira guerra mundial. Fizeram dele um revolucionário à sua própria revelia, pois ele defende que o termo revolução é o movimento de um objeto que descreve uma curva fechada, e que assim sempre volta ao ponto de partida… as coisas devem ser criadas.

A música taxada ”erudita” é vista através de uma falsa cortina , é necessario analisar o que se entende por termos como tradicional , dogmatismo,apologia , Poética,muito distorcidos pelos reprodutores em relação às concepções de quem concebeu antes de agregar valores de qualquer outro cunho ao olhar para esse ”tipo” de música.

Stravinsky expõe muitas de suas idéias em um livro , ‘Poética Musical em 6 lições’,baseado em um curso ministrado por ele em Harvard em 1939-40.

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Sahara Swing (2008) – Karl Hector & The Malcouns

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Karl Hector & The Malcouns - Sahara Swing (2008)

1 – When the Sun Breaks Through
2 – Nyx
3 – Followed Path
4 – Transition J
5 – Sahara Swing
6 – Psycles
7 – Transition I
8 – Koloko Pt. 1
9 – Debere
10 – Transition Z
11 – Jabore Pt. 3
12 – Mystical Brotherhood
13 – Timely Interuption
14 – Transition B
15 – Mellow (Version)
16 – Rush Hour
17 – Transition W
18 – Toure Samar
19 – Passau Run

Este é um projeto com base em Berlin, formado por músicos do Poets of Rhythm junto com alguns do The Malcouns. Fazem um som ducarálio enraizado no Afrobeat, com muito groove, misturando funk, jazz e psicodelia. O resultado é sensacional!

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Éthiopiques Ethio Jazz & Musique Instrumentale 1969 – 1974 V.4 (1998) – Mulatu Astatke

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1 – Yekermo Sew

2 – Metche Dershe

3 – Kasalefkut Hulu

4 – Tezeta

5 – Yegele

6 – Musaye

7 – Gubelye

8 – Asmarina

9 – Yekatit

10 – Netsanet

11 – Tezetaye

12 – Sabye

13 – Ene Alantchi Alnorem

14 – Dewel

Mulatu Astatke. Pra quem não conhece, aí está uma coletânea de umas das figuras mais importantes e criativas da música do século XX. Nascido na Etiópia em 1943, aos 17 anos foi para Inglaterra, onde mudou o rumo de sua vida. Foi para estudar, mas acabou se disvirtuando para um mundo mais interessante, distante do frio mundo acadêmico. Se enturmou com jazzistas que tocavam na noite inglesa, cuja origem caribenha se mostraria muito na música que Mulatu viria a fazer alguns anos depois, e pra completar a desistência da Academia, aprendeu a tocar clarinete, piano, vibrafone e percussão.

Voltou para a Etiópia no fim dos anos 60, e começou a construir umas dos gêneros mais sincréticos e apaixonantes que já ouvi: o Éthiojazz, isso mesmo, o jazz Etíope. Caldeirão de todas a influências que fizeram Mulatu abandonar as cadeiras universitárias, e marcar presença na música mundial.

Este álbum que posto aqui, faz parte de uma coletânea de música etíope feita de 1969 a 1974. O quarto volume lançado em 1998 é todo dedicado a obra de Mulatu Astakte.

É baixar e conferir essa obra magnífica!

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The Funky Side Of Life (2005) – Sound Directions

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01. Directions

02. Dice Game

03. Wanda Vidal

04. Fourty Days

05. Play Car

06. A Divine Image

07. The Funky Side Of Life

08. Theme For Ivory Black

09. The Horse

10. One For J.J. (Johnson)

11. On The Hill

Madlib, produtor de mil projetos e codinomes, lançou em 2005 essa paulada que, embora traga muito da essência do Yesterday’s New Quintet (um de seus projetos, baseado no jazz), vem sob a alcunha de Sound Directions. O “beat-maker” foi a fundo em sua “nóia” com o quinteto (na verdade uma banda-de-um-homem-só): vem lançando discos do YNQ desde 2000, além de obras “solo” de cada um dos integrantes, sob diferentes nomes.

Nesse álbum, Madlib usa e abusa de efeitos e compressão (o que dá ao som uma “atmosfera analógica”, intencionalmente exagerada, fazendo o som “ir e voltar”- só não se sabe pra onde) em cima de uma base instrumental foderosa, de funk e breakbeat. O instrumental ficou a cargo de “músicos de estúdio” (não encontrei info a respeito dos caras) e é permeado por naipe de sopros entrosadíssimo, piano rhodes com seu “climão” tenebroso, baixo acústico frenético e a bateria mais “quebrada” que consigo imaginar. Alguns temas são releituras de clássicos como Fourty Days e On The Hill, gravadas por inúmeros artistas, dando a impressão de uma homenagem madlibiana às suas influências.

Meu destaque vai pra faixa Play Car. Nela, o “maestro” Madlib vai ditando os climas da música, conversando com os supostos músicos. A combinação baixo-bateria-órgão desse som me deixa de cabelo em pé, apesar de não ser nada rebuscada.

É tarefa difícil encontrar um traço definidor da obra desse cara, que vai desde o autêntico hip-hop, com rimas em pitch alterado (Quasimoto) até um disco só de remixes de músicas do lendário selo de jazz Blue Note, passando por flertes com a música brasileira (recentemente Madlib gravou um disco de releituras de clássicos brasileiros, acompanhado por Mamão, percussionista de longa carreira).

Aproveite então a meia hora inebriante que este disco proporciona.

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Louise (2006) – Skeletonbreath

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Skeletonbreath -  Louise - 2006
01. Surf Music Pt.1
02. Do The Lazy Rabbit
03. Fever Dream Waltz
04. Harvestmen
05. Plastic Motor Fight
06. Circus Train
07. Louise
08. The Mausoleam
09. Ashtabula

Um dos poucos álbuns instrumentais em que qualquer primeira audição basta para se sentir acachapado é Louise, do Skeletonbreath. Neste debut a banda estado-unidense saída do Brooklyn em New York apresenta uma sonoridade por vezes diferente e inusitada, mas ainda muito acessível a qualquer público. Pertíssimos de lançar um segundo álbum, é mandatório conhecer tão logo quanto possível este material.

Skeletonbreath nada mais é que um trio, com o baixo elétrico de Andrew Platt e a bateria e percussão de Crockett Doob atravessando variações de estilo e ritmo a cada faixa , enquanto Robert Pycior vem com um violino elétrico que toma a frente no papel que seria normalmente de um vocalista.

Com um violinista de formação clássica, é tendencioso apontar esta dialética entre o instrumento erudito, ainda que elétrico, com a base dos instrumentos do rock para o Folk ou o Gypsy. Contudo, sua sonoridade se aproxima do Surf Rock, ao mesmo tempo em que atinge fortemente uma vertente ou outra do Progressivo, mesmo o já generalista Post-Rock.

Para alguns, há um certo lado sombrio em sua sonoridade, muito embora a própria amargura e desespero ali presentes possam ser belos. Esta é a mescla entre a rítmica assustadora e a melodia melancólica que os fazem impressionantes.

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Jacarandá (1973) – Luiz Bonfá

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Folder01 – Apache Talk
02 – Jacarandá
03 – Gentle Rain
04 – You Or Not To Be
05 – Strange Message
06 – Dom Quixote
07 – Song Thoughts
08 – Danse V
09 – Empty Room
10 – Sun Flower

Aqui está uma pérola que encontrei no Só Pedrada Musical; A qualidade sonora é impressionante. Também, pudera – o time dos caras é violento. Cito aqui o Pedrada:

Luiz Bonfá gravando em Los Angeles, no ano de 1973. Com arranjos de Eumir Deodato em seu melhor momento. E com um time de arrepiar. Se liga só: Stanley Clarke (baixo), Idris Muhammad (bateria), Airto Moreira (percussão), Ray Barreto (congas), entre outros mestres do jazz-funk-bossa.

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GHQ – Square Growth Session (2007)

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GHQ

Uma pesquisa rápida no Google por GHQ resulta (obviamente) numa série de páginas sobre General Headquarters ou sobre General Health Questionnaires. Uma busca na Wikipédia não é muito mais produtiva. Tampouco há informações sobre GHQ no All Music Guide ou na sua página do Last.fm. Até mesmo a pagina da banda, no site da Three Lobed Records, se limita a nos informar quem são os membros dela, pois bem:

O GHQ existe a muitos anos (?) como um projeto de Marcia Bassett (Double Leopards, Hototogisu, Zaimph) e Steve Gunn (Magik Markers, Moongang, Gunn Diehl). A maior parte dos álbuns lançados contam também com a participação de Pete Nolan (Magik Markers, Spectre Folk, Shackamaxon, Vanishing Voice), sendo esse o caso do presente álbum. Ao que tudo indica, a banda é sediada nos EUA, embora, particularmente este álbum tenha sido lançado por um selo belga, o Sloow Tapes, em fita cassete, com apenas 150 cópias.Square Growth Sessions

E no que consiste GHQ? Instrumentos acústicos, incluindo cítaras, misturados a instrumentos elétricos, executando ragas e drones, criando texturas e desenhando uma paisagem verdadeiramente transcendental, um resultado muito diferente dos outros projetos dos membros (e, talvez, diametralmente oposto ao Double Leopards). Para descrevê-los são usados expressões como “psych-drone”, “trance-folk” e “acid folk”.

Altamente recomendada para relaxamento, o que lhe conferiu o terceiro lugar no meu “10 mais para ninar”.

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The Budos Band (2005) – The Budos Band

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The Budos Band

01. Up From The South

02. T.I.B.W.F

03. Budos Theme

04. Ghost Walk

05. Monkey See, Monkey Do

06. Sing A Simple Song

07. Eastbound

08. Aynotchesh Yererfu

09. King Charles

10. The Volcano Song

11. Across The Atlantic

Musicos / Line-up: Brian Profilio – Bateria ; Daniel Foder – Baixo ; Thomas Brenneck –  Guitarra ; Mike Deller – Orgão ; Jared Tankel – Sax Barítono ; Andrew Greene e Dave Guy – Trompetes ; Cochemea Gastellum – Sax Tenor/Flauta ; Dame Rodriguez –  Cowbell/Clave/Tamborim ; Vincent Balestrino –  Shekere ; Rob Lombardo – Bongo/Congas ; John Carbonella Jr. –  Congas/Bateria.

Imagine esses instrumentos juntos. Imagine influências do Jazz, Funk, Afro-beat, Soul e a sempre presente psicodelia em um estilo auto denominado “Afro-Soul” .

Que concepção estética surge imediatamente na cabeça? Esse disco incita movimento a cada instante , em perfeita relação imagética com a arte estampada no álbum. Polirritmia , polifonia … seja qual for o aspecto que toma a atenção de sua escuta , uma coisa é certa : os rítmos gerados por esse extenso conjunto de percussão e os temas gerados pelos sopros e cordas irão fluir por todo corpo.

Dionísio dança, a terra se sacode e é tomada por um estado extático ,o vulcão entra em erupção…

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Atlantic Jazz – Bebop

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Atlantic Jazz  Bebop

1.  Dizzy Gillespie – Love Is Here to Stay

2. Art Blakey, Thelonious Monk – Evidence

3. John Coltrane, Milt Jackson – Bebop

4. Sonny Stitt – Koko

5. Philly Joe Jones – Salt Peanuts

6. Max Roach – Almost Like Me

7. The Giants of Jazz – Allen’s Alley

Este disco faz parte de uma coleção lançada pela gravadora norte-americana Atlantic Records, a coleção Atlantic Jazz. O presente volume traz o BEBOP – um estilo moderno de jazz, surgido na primeira metade dos anos 40, que comparado ao jazz tradicional, exibe ritmos mais complexos e harmonias mais dissonantes. O disco dispensa comentários…

É baixar e curtir. Vale a pena!

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