Frente Cumbiero é uma banda colombiana que neste trabalho se juntou ao produtor Mad Professor para fazer a mistura de ritmos como a cumbia, guacharaca, mambo com o Dub. Belo sonido!
Vale a pena conferir o depoimento de Eduardo Galeano no dia 24 de maio de 2011, na praça Catalunya em Barcelona. Esse cara é FODA, de uma lucidez, clareza e simplicidade impressionante!
Misturada de reggae, rock, brega, ska, carimbó, cumbia, salsa, lambada, dub, funk , jazz etc… é a banda acreana Caldo de Piaba, que lançou seu terceiro EP.
Release myspace:
Diz uma expressão popular que Caldo de Piaba é um caldo ralinho, que é bom pra curar a ressaca. Moradores do alto rio Envira, no Acre, no entanto, afirmam que se trata de uma delicatessen. Outros informam que se trata de uma iguaria afrodisíaca. Formado no final de 2008, o Caldo é um projeto idealizado por amigos que tem em comum o gosto pela mistura de ritmos e a vontade de experimentar com a música instrumental. Além das composições próprias, são apresentadas releituras de canções populares. Nesse consistente caldo quem conduz a melodia é a guitarra (como na lambada e na guitarrada paraense) que se encontra com a bateria e o baixo inspirados no funk, no ska e no samba-rock. Isso tudo misturado com um toque de psicodelia, com uma certa liberdade de improviso, e com o que mais for surgindo. Esse é o pano de fundo das composições do Caldo de Piaba que vem conquistando seu espaço no cenário da música acreana.
Pense bem: jamais alguém que nos queira mal poderá nos ensinar a pedalar. Como em toda iniciação que se preze, há perda de sangue, e a ferida que marca a distinção (os joelhos ralados e as mãos arranhadas). E a maravilha de perceber o próprio corpo entrando em modo automático, superando o embaraço inicial dos novos movimentos, zac! A consciência repentina de que o verdadeiro equilíbrio está antes no movimento do que no estatismo. A renovada intimidade com nosso sistema neuromuscular auxiliada pela oração chiante das rodas no asfalto. Uma meditação tubular completa, em contemplação ativa, entre a paisagem parada e o fluxo do trânsito, os quais, enquanto você está pedalando, trocam os papéis: em movimento a primeira e congelado o segundo. Assim como nadar e fazer amor, andar de bicicleta está programado em algum ponto dos nossos genes: uma vez que se aprendeu, é impossível esquecer. O modelo nunca ultrapassado do deslocamento socialmente responsável, sem desperdício de recursos, não estressante e, como se não bastasse, divertido.
O grau de civilização de um país é diretamente proporcional ao respeito que ele tem pelos próprios ciclistas.
Andar de bicicleta não implica nenhuma estúpida exibição de poder, requer apenas otimismo e coragem (ficar de costas para os automóveis é um verdadeiro ato de fé, tarefa de nosso guerreiro interior).
(texto extraído do livro: PROVOS – Amsterdam e o nascimento da contracultura)