1. Meu Fraco é Café Forte
2. Preciso Aprender a Ser Só
3. Farjuto
4. Desafinado
5. Sonnymoon For Two (Blues em Samba)
6. Espera de Você
7. Mau Mau
8. Tem Dó
9. Azul Contente
10. Manhã de Carnaval
11. Aruanda
12. A Minha Namorada
Pra quarta feira de cinzas, fim de Carnaval, ressacas e afins, a bossa-nova, subgênero do samba cai bem pra relaxar e ouvir boa música. Ainda mais, quando essa música é feita e reiventada por um trio de peso, composto por Edison Machado na bateria, Dom Salvador no piano e Sérgio Barroso no contrabaixo. O conjunto é o Rio 65 Trio, formado por Dom Salvador no nascedouro do samba-jazz: o Beco das Garrafas, no Rio de Janeiro; e o ano é 1965, época em que a bossa nova, criada na “Cidade Maravilhosa”, estava no auge depois de um sucesso estrondoso nos Estados Unidos e Europa, capitaneada principamente por João GIlberto e Sérgio Mendes.
O disco homônimo – o primeiro dos dois que o trio lançou – é uma grande reflexo do momento de transição que vivia a música brasileira: releiuras de composições de artistas brasileiros como Tom Jobim, Luiz Bonfá, Baden Powell, etc; se misturam a composições do grupo, principalmente do exímio pianista (também importante para o início do funk feito no Brasil na década de 70) Dom Salvador. Além dessa mistura sendo executada por um trio típico de jazz (bateria, piano e baixo), formação que na época era introduzida na música brasileira e que ajudou a fazer a transição da mesma (mais precisamente do samba), o álbum realiza um ótimo diálogo entre as culturas negras de Brasil e Estados Unidos.
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