Arquivo da categoria: Heavy Metal

Serenata (2012) – Bemônio

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1. Ose
2. Masterma
3. Ifriti
4. Cimeries
5. Barbatos
6. Amon

Bemômio é um duo carioca formado por Paulo Caetano e Gustavo Matos. Foi formado no início de 2012 e já lançou vários trabalhos, entre eles,  o álbum Serenata, lançado ano passado e com de composições dos dois integrantes. São 6 composições  que tem como caracterítica principal a experimentação. Os estilos percebidos pelo duo são o dark noise, o dark ambient, e o drone (estilo musical minimalista, que enfatiza o uso de sons sustentados ou repetidos); produzidos por sintetizadores ligados a pedaleiras e pedais de guitarra, causando um “bafo sonoro” em suas ambiências, tudo isso acompanhado por uma bateria que remete ao heavy metal.

O Bemônio é mais outra banda da novíssima música instrumental carioca, cujo outros grupos são o Chinese Cookie Poets e Sobre Máquina, que em comum com o Bemônio  tem a característica de causar um incômodo sonoro ao ouvinte, causando a ele, segundo Paulo Caetano, a sensação de estar em algum “ritual, ou alguma espécie de culto”. Esse ano, o duo lançou um EP chamado Opscurum, organizado em uma faixa só de nove interlúdios concebida a partir de um ‘sonho nonsense‘ de Paulo Caetano”
Em breve o trabalho novo deve dar as caras por aqui, mas para já termos uma boa inquietação, ouçamos Serenata, clicando aqui!

The Almighty Devildogs (2011) – The Almighty Devildogs

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cover1. Plano 9
2. Entre o Céu e o Inferno
3. Corre
4. Die, Bitch!
5. Agente Zero
6. Wesley Doods
7. AK47
8. Sem Sentido Pra Mim
9. Hazel
10. Modo Foda-se (ao vivo em Bauru)
11. Mephisto (demo)

Depois de um período sem postar nada, forçado por acúmulo de outros trampos, voltamos à ativa com uma pedrada “surf metal” brasuca. A banda The Almighty Devildogs é cria do interior de São Paulo, mais precisamente do noroeste paulista, da cidade de Bauru. Formada em 2003, quando gravou uma demo “The Subssessions”, logo em seguida ficou 4 anos “dando um tempo”,  retomando as atividades com todo gás em 2008. Dois anos depois, lança seu primeiro disco homônimo e inicia um série de shows pelo Brasil, fincando seu nome na música instrumental brasileira

O som do Almighty é porrada na cara! Genuinamente surf music, a música do caras vai além das baladinhas muito comuns ao gênero, misturando-o ao heavy metal. Os riffs marcantes da surf music ganham um peso maior de baixo e bateria, fazendo dialogar Dick Dale com Zé do Caixão Ramones. A banda é formada por Vinicius (guitarra), Montinho (bateria), Gustavo (guitarra) e Mel (baixo) e atualmente trabalham na produção do novo disco, que em breve deve pintar por aí.
Pra ouvir o disco, clique aqui!

Elma_LP (2012) – Elma

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Lado A:
1. (Instrumental)
2. A Parte Elétrica
3. Fat Breath
4. Busca
5. Smagma

Lado B:
6. Zoltan Ri
7. Agente
8. Retrogosto
9. VATARNO_i Cavalcante_ii O Passo_iii Trono de Sangue_(mental)

Hoje é dia de lançamento da música instrumental brasileira! O ELMA, banda paulistana que comemora 10 anos de existência, lança seu primeiro disco cheio, chamado simplesmente de Elma_LP. Os caras possuem uma demo lançada em 2004, e um EP de 2006, lançado pelo extinto selo Amplitude. Desde 2006 estão num processo mais lento de composição, além de nesse período passarem por diferentes formações (atualmente o ELMA é formado por Fernando Seixlack – bateria, Ricardo Lopes – baixo, Paulo Cyrino – guitarra e  Bernardo Pacheco – guitarra, também responsável pela captação e mixagem do álbum). Depois de todo processo, chegam agora com seu primeiro álbum, que fisicamente sai apenas em formato de vinil e será lançado pelo selo Submarine Records, que há tempos atua no cenário independente, lançando trabalhos de grupos como Hurtmold, Bodes e Elefantes, São Paulo Underground, The Eternals, entre outros.

O Elma_LP reúne a principal referência das composições do quarteto paulistano: o heavy metal, porém, nesse trabalho, aliado à uma boa dose de experimentalismo, que era menos perceptível nos trabalhos anteriores. A visceralidade e o peso continuam muito atuantes nos temas construídos, porém, com um grande amadurecimento e busca por novas linguagens e referências. Essa maturidade foi conquistada por meio de 10 anos de uma consistente carreira, com diversos shows realizados em todo Brasil, desde festivais à inferninhos espalhados por aí.
O álbum tem lançamento oficial marcado pro dia 15 de setembro no Centro Cultural São Paulo, na capital paulista, mas hoje foi disponibilizado pela própria banda, em seu site, pra download.
Ouvimos e recomendamos mais esse belo lançamento da música instrumental brasileira!
Ficou curioso?! Então, clique aqui, e baixe-o!

!Que No Me Chingues Wey!_EP (2012) – Huey

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1. Sol em Silêncio
2. Schonburg Hell 47
3. Ibiúna
4. T-shirt

Pra reforçar que nova música instrumental brasileira está muito consistente e com uma linguagem totalmente nova, agregando ritmos e influências distintas e deixando-a mais próxima do público, o Huey, banda instrumental paulistana, representa muito bem esse momento, pois traz como centro da sua música o metal – genêro do rock acostumado a grandes berros e frontman’s que cospem sangue e fogo e se caracterizam pela voz estridente e pesada. só que desconstruído e sem perder sua gênese.

No metal tocado pelo Huey, a voz dá lugar as guitarras e aos diálogos pesados entre elas, deixando um dos genêros mais fiéis do rock, com uma cara mais amistosa. !Que No Me Chingues Wey! é o primeiro EP da banda, lançado em 2010 (mesmo ano em que estrearam nos palcos) e foi disponibilizado pra download pela próprios em seu site. O Huey é formado por: Rato (bateria), Dane El (guitarra), Vina (guitarra), Minoru (guitarra) e Velozzo (baixo).
Ouça!!

Zooma (1999) – John Paul Jones

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John Paul Jones - Zooma (1999)

01.  Zooma
02.  Grind
03.  The Smile of Your Shadow
04.  Goose
05.  Bass ‘N’ Drums
06.  B. Fingers
07.  Snake Eyes
08.  Nosumi Blues
09.  Tidal

Embora seja muito lembrado por seu trabalho junto ao Led Zeppelin, mesmo ali John Paul Jones aparece como figura menor entre um baterista incomparável, um guitarrista genial e um vocalista inusitado. Contudo, não fosse seu baixo preciso e de linhas já nada convencionais, nenhum destes elementos teria seu brilho tão fulgurante. Isto sem sequer considerar suas incursões por teclados e mesmo o bandolim ali na banda.

E ainda que sua carreira solo seja menos produtiva que de seus comparsas vivos, Page e Plant, há três álbuns primorosos no seu leque. Seu primeiro trabalho, uma parceria com Diamanda Gálas, musicista de vanguarda dona de voz única e arrebatadora, é mandatório. Deveria incorrer aqui pelo Boca, já que Gálas faz de sua voz instrumento, quem sabe caracterizando o trabalho verdadeiramente como instrumental.

Contudo, nosso foco é seu primeiro trabalho verdadeiramente solo, o álbum de 1999 Zooma. Gravado quase vinte anos após o fim do Led Zeppelin, sua sonoridade destoa do que um fã da banda esperaria. Jones além de evoluir sua técnica, acompanhou a história do Rock e manteve-se na crista da onda. Associações com Brian Eno, Peter Gabriel, R.E.M e até mesmo Foo Fighters marcaram este período, que com um empurrãozinho de Robert Fripp resultou neste trabalho de estilo composicional único, original. Com marcações rítmicas concretas, o que ainda mostraria onde Led Zeppelin é muito da influência de John Paul Jones e não o quanto este ainda é influenciado pela banda, Zooma trás algumas experimentações, dentro de uma trajetória corrida no Hard Rock, senão Heavy Metal, mas que tange vários outros estilos, desde o Folk e o Blues a um toque Heavy Prog, incluindo em algum momento também arranjos orquestrados.

Neste álbum, Jones não só mostra sua habilidade com o baixo, mas também senta ao órgão e lembra o bom multi-instrumentista que é. E se o problema era baixo, ele não só usa seis cordas, mas ataca mesmo em doze, como poucos poderiam fazer sem parecer apenas pomposo e desperdiçar o instrumento.

Download: Clique aqui