Arquivo da categoria: Afro-Soul

Haptics (2012) – The Cactus Channel

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1.Emanuel Ciccolini
2.The Colour Of Don Don
3.Derty D’s Thang
4.Budokan
5.Tom has Ideas
6.Level up
7.Boss Cat
8.Jungle Run
9.Under The Birdcage
10.Hot Teeth
11.Snap Kick That Fat Shit

Haptics é o álbum de estreia da big band australiana The Cactus Channel. Direto de Melbourne, a moçada vem ganhando o mundo com um som de responsa, um groove pesado embalado pelos saxofones, trompetes, guitarras, baixo, piano e bateria. Influenciados por James Brown, Budos Band e outros, fazem uma bela mistura de, entre outras coisas, funk, soul e afro-beat. Belo som, confere aí, só clicar e ouvir!

Rising Sun (2010) – The SoulJazz Orchestra

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1. Awakening
2. Agbara
3. Negus Negast
4. Lotus Flower
5. Mamaya
6. Serenity
7. Consecratior
8. Rejoice (parte 1)
9. Rejoice (parte 2)

O The SoulJazz Orchestra é uma banda canadense que faz aquele groove malicioso que estamos acostumados a ouvir pelo jazz/funk criado na África, por mestres como Mulatu Astakte e Fela Kuti, deixando-o mais oriental e sedutor aos ouvidos. Rising Sun, de 2010 é o terceiro disco da banda, lançado pela Strut Record`s, mesma gravadora que promoveu o primoroso encontro entre o já citado “Mulatu” e a banda norte americana The Heliocentrics.

Rising Sun, além de ter esse groove bem construído pelas melodias da música negra, tem uma seneridade muito grande em algumas faixas, fazendo um disco com cerca de 40 minutos, parecer ser maior, dado a grande gama de estilos apresentados e instrumentos tocados pelos músicos; foram cerca de 30 instrumentos tocados pelos 6 integrantes, que fizeram ocorrer um belo diálogo entre a música estadunidense, africana, oriental e latina.
Pra ouvir esse pedra, clique aqui!

High Noon (2012) – The Funk Ark

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1.Chaga
2.Road To Coba
3.Hey Mamajo
4.Rinconcito
5.High Noon
6.Green Tree, Yellow Sky
7.Funky Southern
8.419
9.El Rancho Motel
10.Wayward Bill

Conforme prometido, esta aí o segundo e mais recente disco da banda norte americana The Funk Ark. Groove de primeira, misturando jazz, funk, afro-beat, música latina e, dessa vez, com um pouco mais de elementos eletrônicos. E como o primeiro disco, este também é uma petardo pros ouvidos. Muito bom! Só clicar e ouvir!

From the Rooftops (2011) – The Funk Ark

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1.A Blade Won’t Cut Another Blade
2.Diaspora
3.Funky DC
4.El Beasto
5.Carretera Libre
6.Horchata
7.Katipo (The Spider)
8.From The Rooftops
9.Pavement
10.Power Struggle

From the Rooftops é o disco de estréia da big band norte americana The Funk ArkA banda é mais uma a trabalhar as afrosonoridades fazendo um som da pesada. Muito groove misturando funk, afro-beat, jazz e música latina. Em menos de um ano após o lançamento desta pedrada, a banda já lançou seu segundo disco que logo logo pinta por aqui. Enquanto isso é só clicar e curtir essa sonzera!

Texas Thunder Soul (1968-1974) – Kashmere Stage Band

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Disco 1:
1.Boss City
2.Burning Spear
3.Take Five
4.Super Bad
5.Keep Doing It
6.Thunder Soul
7.Do You Dig It, Man?
8.Headwiggle
9.Al’s Thing
10.Do Your Thing
11.Thank You [Extended Version]
12.Al’s Tune
13.All Praises
14.Shaft
15.Kashmere
16.$$ Kash Register $$
17.Zero Point, Pts. 1 & 2 [45 Version]
18.Getting It Out Of My System

Disco 2
1.Intro
2.Zero Point
3.All Praises / Zero Point (Reprise)
4.Intro
5.Do You Dig It, Man?
6.Don’t Mean A Thing
7.Thank You
8.Ain’t No Sunshine )
9.Do You Dig It, Man?
10.All Praises (Live)
11.Thank You (45 Version)
12.Zero Point (LP Version)
13.Do Your Thing (Instrumental)
14.Getting It Out Of My System

Som da pesada!! Na cidade de Houston, no Texas,o professor Conrad O. Johnson formou uma big band na Kashmere High School, uma escola predominantemente negra localizado no final norte da cidade. E nadando contra a corrente, o professor trocou as músicas populares tradicionais pelo groove pesado do funk. Os dois discos que temos aqui é a coletânia  “Texas Thunder Soul 1968-1974″, black music da pesada com belos arranjos, solos e improvisos, tudo inflamado principalmente pelo som dos metais! Som de primeira! Disco 1Disco 2

Etiópia (2012) – Sambanzo

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1. o sino da igrejinha
2. xangô
3. tilanguero
4. capadócia
5. xangô da capadócia
6. etiópia
7. risca-faca

A música instrumental brasileira não para de lançar pedras atrás de pedras. O saxofonista Thiago França, músico muito solicitado e ativo nos últimos tempos, acaba de lançar seu novo trabalho; trata-se do disco Etiópia do projeto SambanzoO projeto teve início em 2009 com a gravação e lançamento de algumas músicas, mas segundo Thiago, o projeto ganhou mais corpo nos últimos tempos. E que corpo! O disco é uma mistura fantástica entre ritmos brasileiros, africanos, latinos, com uma alma jazz ao fundo. Nota-se temas relacionados ao samba de gafieira, gênese do projeto, só que evoluido ao experimentalismo reinante nas melodias sinérgicas do sax de Thiago, nas bases e loucuras da banda que o acompanha, acompanhando o experimentalismo que é uma das novas caras da música instrumental brasileira

O disco é uma evolução da música do próprio Thiago, e essa evolução caminha no mesmo sentido da música instrumental brasileira produzida atualmente, com temas mais simples (sem punhetagem) e muito melhor explorados, deixando ouvidos e execução mais livres pra passear entre notas, timbres,melodias e ideías originais. Os músicos do disco são: Marcelo Cabral (baixo), Kiko Dinucci (guitarra), companheiros inseparáveis de Thiago em outros projetos, Samba Sam (percussão), Welington Moreira “Pimpa” (bateria) e o próprio Thiago França (sax tenor). Todas as composições, execeto as músicas 1 e 2 são do saxofonista, e arte também é de Kiko Dinucci e a produção o disco é de Rodrigo Campos, grande compositor e do próprio Sambanzo.
O disco foi disponibilizado pelo próprio Thiago no site do projeto! Aproveite!!

Trocamos uma ideía com Thiago França, sobre Sambanzo, sua particpação em outros projetos, música instrumental e outras cositas. Se liga!:

Boca Fechada: O que significa Sambanzo? O nome também está na estética das músicas? Você lançou algumas músicas em 2010, já com o nome de Sambanzo. Como as vê e hoje e em relação à Etiópia?

Thiago França: “Sambanzo” é uma palavra que eu acho que criei, é a junção de SAMBA + BANZO. A tradução de banzo é a saudade que os negros (escravos) sentiam da África. Pesquisando no Google, descobri que existe uma cidade em Moçambique chamada Rio Sambanzo Pequeno. Quando criei o Sambanzo, no final de 2009, o samba era muito mais óbvio como matriz estética e melódica. Esse projeto é um desdobramento direto do meu primeiro disco, “Na Gafieira”. De lá pra cá a formação mudou bastante e o som também. Gravamos um primeiro disco, em 2009, que está engavetado por uma série de questões. As quatro faixas do SoundCloud são parte desse disco, que tem um total de 13 faixas. Escolhi essas quatro por achar que tinham mais a ver com o que a proposta se transformou pra lançar esse single.
http://soundcloud.com/thiagosax/sets/sambanzo/

BF: Você participa de diversos projetos com grande repercussão nos últimos tempos, e como músico soma com artistas importantes do cenário atual da música brasileira. Como isso influencia em suas composições e no Sambanzo?

TF: Cara, não sei te dizer. Cada projeto que a gente realiza tem vida própria. O Metá é bem próximo do Sambanzo por ter eu e o Kiko, mas ainda assim, são vidas paralelas dentro de um mesmo universo. O trampo do Romulo não tem nada a ver com o Sambanzo, Criolo,  MarginalS, nem com o “Bahia Fantástica “do Rodrigo Campos. O trampo do Criolo não tem nada a ver com Metá nem com o do Rodrigo. O processo de gravação do disco do Gui Amabis e da CéU, também não tem a ver com o Sambanzo, Metá, Rodrigo, Romulo ou MarginalS. O próprio MarginalS, que tem eu e o Cabral, não tem a ver com o Sambanzo. Entende? De alguma forma, acho que tudo isso conversa, mas estou muito dentro pra conseguir enxergar. Talvez, só seja possível daqui um tempo.

O que influencia o Sambanzo são os caras que tocam comigo, Pimpa, Samba, Cabral e Kiko. Eu componho pro Sambanzo, pensando neles, no jeito de cada um. Não adianta você fazer um músico tocar aquilo que ele não entende ou não sente, vai sair forçado. Então acaba rolando um lance meio “tecla SAP”, foco num tipo de composição, faço as músicas pra elas funcionarem com a nossa sonoridade e com o nosso jeitão de tocar. Não sou colecionador de músicas próprias, componho conforme a minha necessidade de tocar. E sem pressa, só desenvolvo uma idéia quando acho que é realmente boa, que possa acrescentar algo único ao repertório. Deixo as idéias azeitando, às vezes, por anos. Fica na minha cabeça um groove, uma frase, etc… e uma hora sai.

Quando eu me dedicava mais ao choro, era diferente. Pra fazer a noite, você precisa de 40 a 60 músicas. Eu compunha muito, mas tudo dentro do mesmo estilo. É um pouco limitado, os caminhos de harmonia são muito rígidos, clichês, e até as variações são clichês. No fundo, as melodias se parecem muito,  não que falte inspiração, mas todas elas têm o mesmo “sabor” porque a espinha dorsal de cada uma já tá pronta. Saca? Com o Sambanzo, eu fujo disso.

E muitas vezes, o que te impulsiona a compor é algo completamente improvável. Pela correria, distância, ou por falta de envolvimento dum músico com um projeto, é muito difícil conseguir ensaiar aqui em São Paulo. Isso me deixava um pouco frustrado. Além disso, eu ficava com raiva quando um músico esquecia a pasta de partitura e não dava pra tocar algum som. Por isso eu comecei a compor nesse esquema de dois acordes, pra não precisar de partitura nem de ensaio, meio de birra, é só chegar na hora e dizer: “ó, essa aqui é um , a harmonia é dó menor e sol com sétima”. E pronto! E foi assim o primeiro show do Sambanzo com essa formação que ficou, sem ensaio, sem partitura, tudo na hora.

BF: Você mencionou que tocou choro antes de enveredar pra esse tipo de musica mais livre, distante da partitura. Essa é uma característica da musica instrumental que vem sendo feita atualmente. Quando tocava choro percebia algum tipo de preconceito dos músicos do choro em relação a essa musica mais livre? Como você enxerga essa musica instrumental feita atualmente no Brasil?

TF: Quando eu tocava choro, samba e forró, sentia uma resistência grande do pessoal contra qualquer tipo de mudança, por menor que fosse. Esse gêneros são muito formatados, tanto pelo lado musical quanto pelo lugar onde acontecem. E existe demanda (ainda bem!) O que acontece é que, a maioria dos músicos começam a trabalhar muito antes de desenvolver a sensibilidade, sem nenhum questionamento artístico, duma forma bastante mecânica, usando modelos prontos. Não acho que era exatamente um preconceito, no sentido de não gostar de nada além daquilo, muitas vezes parecia preguiça, de “mexer em time que tá ganhando”. Assim, qualquer coisa além do formatado é desnecessário ou esquisito. Eu lembro que quando mostrei o EWI (Eletric Wind Instrument, uma espécie de sax MIDI que eu uso bastante no MarginalS), pro pessoal que tocava comigo, eles rolaram no chão de rir, achavam que eu tinha enlouquecido.

 Há uns dez anos atrás, quando todo mundo resolveu gostar de samba e choro de novo, e muito graças a ascensão do forró na classe média durante os anos 90, bastava tocar. A simples execução da música era um assunto. Hoje em dia, o próprio público já sacou que só isso não dá mais. Nesses dez anos, apareceu um ou outro cara tocando bem de verdade, mas tocando coisas que já foram entendidas há muito tempo, sem grandes contribuições. No balanço geral, os grandes caras continuam sendo o Cartola, o Noel, o Nelson Cavaquinho, Pixinguinha, Jacob… A coisa vai ficando cada vez mais engessada e o público cada vez mais ávido por algo novo, não no sentido consumista da coisa, mas no sentido de que as pessoas querem ser surpreendidas.
A música instrumental mais livre ganha cada vez mais espaço por ter frescor de ritmo, estrutura, melodia, harmonia, timbre, instrumentação, texturas e sobretudo dinâmica – caráter mal explorado em outras vertentes instrumentais. Você vai do silêncio ao caos! Há uma riqueza muito maior de nuances dentro de cada música e ela é muito mais visceral por não estar atrelada a nenhum modelo. Tá muito longe do rigor técnico da academia, tá mais próxima ao sentimento, duma vontade mais legítima de tocar.
A intenção, a postura, de tocar é outra também. Você vê os músicos muito mais envolvidos pelo som, rola um transe coletivo entre quem toca e quem ouve. E a gente se leva menos a sério, tem mais espaço pra experimentação. Coincidentemente, os sons instrumentais mais interessantes são feitos por quem veio do rock, do punk… com formações não tradicionais. Aos poucos, mais gente consegue se desvencilhar dos modelos padronizados de música instrumental, e da idéia de que o bom instrumentista é aquele que consegue tocar mais notas por segundo.
No Sambanzo, a elasticidade dos arranjos me interessa muito porque dá liberdade pra todo mundo criar, há mais espontaneidade, o som ganha vida e se torna único. Quando o músico está livre, é possível extrair o que ele tem de melhor.

The Budos Band

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The Budos Band– uma banda de Nova Iorque, composta pos 12 músicos que fazem um som muito doido, misturando jazz, afrobeat, soul, groove (…) com inflências nítidas de Fela Kuti e Mulatu Astatke. Trazemos aqui 2 álbuns – The Budos Band II (2007) e The Budos Band III (2010), lembrando que já foi postado aqui um álbum de 2005, com o link já atualizado.

The Budos Band III (2010)

1. Rite of the Ancients
2. Black Venom
3. River Serpentine
4. Unbroken, Unshaven
5. Nature’s Wrath
6. Golden Dunes
7. Budos Dirge
8. Raja Haje
9. Crimson Skies
10. Mark of the Unnamed
11. Reppirt Yad

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The Budos Band II (2007)

1.Chicago Falcon
2.Budos Rising
3.Ride or Die
4.Mas o Menos
5.Adeniji
6.King Cobra
7.His Girl
8.Origin of Man
9.Scorpion
10.Deep in the Sand
11.The Proposition

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Link Atualizado: Álbum – The Budos Band (2005)

The Budos Band (2005) – The Budos Band

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The Budos Band

01. Up From The South

02. T.I.B.W.F

03. Budos Theme

04. Ghost Walk

05. Monkey See, Monkey Do

06. Sing A Simple Song

07. Eastbound

08. Aynotchesh Yererfu

09. King Charles

10. The Volcano Song

11. Across The Atlantic

Musicos / Line-up: Brian Profilio – Bateria ; Daniel Foder – Baixo ; Thomas Brenneck –  Guitarra ; Mike Deller – Orgão ; Jared Tankel – Sax Barítono ; Andrew Greene e Dave Guy – Trompetes ; Cochemea Gastellum – Sax Tenor/Flauta ; Dame Rodriguez –  Cowbell/Clave/Tamborim ; Vincent Balestrino –  Shekere ; Rob Lombardo – Bongo/Congas ; John Carbonella Jr. –  Congas/Bateria.

Imagine esses instrumentos juntos. Imagine influências do Jazz, Funk, Afro-beat, Soul e a sempre presente psicodelia em um estilo auto denominado “Afro-Soul” .

Que concepção estética surge imediatamente na cabeça? Esse disco incita movimento a cada instante , em perfeita relação imagética com a arte estampada no álbum. Polirritmia , polifonia … seja qual for o aspecto que toma a atenção de sua escuta , uma coisa é certa : os rítmos gerados por esse extenso conjunto de percussão e os temas gerados pelos sopros e cordas irão fluir por todo corpo.

Dionísio dança, a terra se sacode e é tomada por um estado extático ,o vulcão entra em erupção…

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