Arquivo mensal: junho 2013

Serenata (2012) – Bemônio

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Capa

1. Ose
2. Masterma
3. Ifriti
4. Cimeries
5. Barbatos
6. Amon

Bemômio é um duo carioca formado por Paulo Caetano e Gustavo Matos. Foi formado no início de 2012 e já lançou vários trabalhos, entre eles,  o álbum Serenata, lançado ano passado e com de composições dos dois integrantes. São 6 composições  que tem como caracterítica principal a experimentação. Os estilos percebidos pelo duo são o dark noise, o dark ambient, e o drone (estilo musical minimalista, que enfatiza o uso de sons sustentados ou repetidos); produzidos por sintetizadores ligados a pedaleiras e pedais de guitarra, causando um “bafo sonoro” em suas ambiências, tudo isso acompanhado por uma bateria que remete ao heavy metal.

O Bemônio é mais outra banda da novíssima música instrumental carioca, cujo outros grupos são o Chinese Cookie Poets e Sobre Máquina, que em comum com o Bemônio  tem a característica de causar um incômodo sonoro ao ouvinte, causando a ele, segundo Paulo Caetano, a sensação de estar em algum “ritual, ou alguma espécie de culto”. Esse ano, o duo lançou um EP chamado Opscurum, organizado em uma faixa só de nove interlúdios concebida a partir de um ‘sonho nonsense‘ de Paulo Caetano”
Em breve o trabalho novo deve dar as caras por aqui, mas para já termos uma boa inquietação, ouçamos Serenata, clicando aqui!

Codona_1 (1979) – CoDoNa

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Codona - front

1. Like That of Sky
2. Codona
3. Colemanwonder
4. Mumakata
5. New Light

Naná Vasconcelos é um dos músicos brasileiros mais respeitados e requisitados pelo mundo. Tem em sua carreria uma extensa discografia “solo” e inúmeras participações e colaborações com músicos de todos os cantos do planeta. E foi isso que aconteceu no projeto Codona, denominado assim, simplesmente pelo início dos nomes dos grandes músicos que fizeram parte desse trio maravilhoso, que lançou 3 registros em fins da década de 70 e início dos 80; os músicos são (Co)llin Walcott, (Do)n Cherry e Na(ná) Vasconcelos.

Vindo de países e escolas musicais distintas, o trio se encontrou nessa série de discos, repletos de referêncas, instrumentos e ritmos da música mundial. O jazz e a música concreta encontraram na percussão afro brasileira  de Naná, repouso para um majestoso diálogo que ocorre nas 5 músicas do disco, compostas ora por Collin Walcott que tocou as cordas do álbum, ou Don Cherry, responsável pelos metais, e adicionando à elas cânticos e batidas afropsicodélicos. Um belo encontro para além de fronteiras espaciais, mas próximas metafisicamente.
Pra ouvir, essa pérola, clique aqui!

A Hora e A Vez da M.P.M. (1966) – Rio 65 Trio

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capa1. Cartão de Visita
2. Deve Ser Bonito
3. Simplesmente
4. Apelo
5. O Amor e o Tempo
6. Vem Chegando a Madrugada
7. Chorinho “A”
8. Upa Neguinho
9. Rio 65 Trio Tema
10. Ilusão à Toa
12. Ponte Área
13. Seu Encanto

Formando na década de 60 com a proposta de sincretizar a música brasileira, principalmente a bossa nova e o samba com o jazz, o  Rio 65 Trio lançou poucos discos (dois), mas teve importância grande no processo de transformação e solidifcação dos ritmos brasileiros. Com músicos sensacionais como o pianista Dom Salvador, responsável posteriormente a ser um dos primeiros compositores do funk brasileiro da década 70; Edison Machado, exímio instrumentista que fez a bateria brasileira ser reconhecida pelo mundo, e pelo pulsante baixista Sérgio Barroso, A Hora e A Vez da M.P.M. é o segundo e último disco da carreira do trio, formado no Beco das Garrafas, no Rio de Janeiro.

A tal “M.P.M”. é sigla para “Música Popular Moderna”, e diz muito sobre a sonoridade que o trio incumbiu-se de fazer. Com apenas uma composição de um dos integrantes, a “Rio 65 Trio Tema”, de autoria de Dom Salvador, os músicos fizeram versões modernas e intensas de diversos clássicos da música popular brasileira, como “Upa Neguinho” de Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri, imortalizada na voz de Elis Regina; “Apelo” de Baden Powell e Vinicuis de Moraes e “Vem Chegando a Madrugada” de Noel Rosa e Zuzuca, além de gravarem outros compositores importantes como Marcos Valle, Zé Keti, Jhonny Alf e Carlos Lira. Disco interessante pra percebermos a transição da música popular brasileira ocorrida na década de 60, adicionando à ela elementos da música mundial.
Pra ouvir essa pérola, clique aqui!

Mel Azul_EP (2011) – Mel Azul

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Capa1. Máquina Malvada
2. Surfista de Trem 22hs.
3. Descarrego
4. Tributo
5. Apo

Alexandre Silveira, Antonio Carvalho, Antonio Paoliello e Gustavo Prandini fomaram o Mel Azul em 2009, e esse EP,lançado dois anos depois dessa formação, é o primeiro registro da banda de funk rock psicodélico. O EP homônimo é composto de 5 músicas gravadas numa sessão de improviso, e mostram principalmente as influências e a sonoridade do quarteto instrumental.

É nítida a estética influenciada pela música negra das décadas de 60 e 70, principalmente o funk, o jazz e o rock, unindo-os à texturas eletrônicas e sons mais etéreos causados pelas linhas psicodélicas dos teclados e riffs agressivos de guitarra. O EP lançado em 2011, é só uma amostra do disco Luz Além que lançaram em 2012, e que em breve pinta por aqui!
Enquanto Luz Além não passeia por aqui, ouçam o EP do Mel Azul, clicando aqui!

E prra ficarmos com o gostinho do álbum cheio lançado ano passado, os caras acabam de lançar um clipe de uma música do disco. Se liga!: