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Bailando com a Senorita B (2012) – Dharma Samu

Padrão

2012 - BAILANDO COM SEÑORITA B

1. Bailando com a Senorita B
2. Distância Dodecafônica
3. Distância Pseudomelódica
4. Prelúdio de uma Festa
5. Surpresa e Reconhecimento
6. Sintomas de uma Festa
7. No lado dos Teus Olhos
8. Despedida

Dharma Samu, é um dos diversos projetos que o produtor e músico paulistano Alex Cruz, tecladista e saxofonista de outros bons projetos como Mama Gumbo e Lejonti Trio. O Dharma Samu foi criado inicialmente como fazendo releituras instrumentais de músicas do Led Zeppelin. Com esse conceito, foi lançado em 2010 o disco Zepelinianas-Volume 1. Posteriormente, o projeto passou por uma reformulação, começou a investir em composições próprias,e é nesse contexto que nasce o disco Bailando com a Senorita B.

Originalmente uma trilha sonora de um espetáculo de ballet que não existiu, a ideia persistiu e resultou nesse belo trabalho. Alex Cruz, compôs e tocou praticamente todos os instrumentos, contando com a participação somente do bateirista Clayton Martim – amigo de longa data de Alex e também do percussionista Márcio Bononi, que divide outros projetos como o Mama Gumbo, com Alex Cruz.
Petardo sonoro-corpóreo da melhor qualidade. Pra ouvir o disco, clique aqui!

Fizemos uma entrevista com Alex, contado um pouco de suas impressões sobre o disco e como foi o prcesso de composição e gravação de Bailando com Senorita B.

Boca Fechada: O disco é uma trilha de um espetáculo de dança.? Como foi o convite pra esse trabalho?

Alex Cruz: O disco é uma trilha para um espetáculo de ballet moderno que nunca aconteceu. Eu gosto muito de dança e tinha um contato muito grande com os alunos de dança da faculdade Anhembi Morumbi, já fizemos até algumas apresentações juntos com o Mama Gumbo (nesse vídeo e na continuação dele vc pode ver um show que fizemos com o pessoal – http://www.youtube.com/watch?v=4t6i5HQcqvk). Sempre tivemos a ideia de unirmos todas nossas idéias num espetáculo de dança que tivesse música ao vivo, mas uma música diferente dessa música insossa que geralmente tem nos espetáculos de dança, o lance era fazer algo bem próprio, independente, com uma música vibrante, de uma maneira visceral, quebrando com todas as regras dos espetáculos de dança, fazer uma espécie de dança independente (como uma banda independente), mostrando uma maneira nova de criar algo, sem essas regras e esquemas das companhias de dança. Chegamos a começar os trabalhos, mas era o último ano da galera, com tcc pra fazer e essas coisas e não conseguimos levar adiante. Como eu já tinha começado as gravações com algumas idéias resolvi continuar e não perder o material.

BF: Considerei o disco bem particular. Não digo conceitual, mas ele possui um elo muito grande e uma linguagem particular do início ao fim. Isso tem relação com o roteiro da peça? Dá pra contar um pouco sobre ele?

AC: Ele é um disco conceitual e realmente tem uma ligação, tanto na concepção como na maneira como as músicas foram estruturadas. A idéia é falar sobre a vida, sobre o estranhamento, sobre o embate, sobre a luta e sobre os momentos de conciliação que temos com o viver. A señorita b é a imagem da vida personificada numa caliente garota latina, e vivemos como se estivéssemos bailando, dançando com a vida, em momentos existe uma sincronia e em outros um distanciamento, um atonalismo, uma sensação discrepante, dissonante. É uma idéia simples mais que abre milhões de possibilidades e interpretações, a idéia é sempre deixar a parada mais aberta para as pessoas que estão ouvindo poderem ter suas próprias conclusões, somando com as idéias já expostas na música.

Sou Alex

3. Como foi o processo de composição da trilha? E essa história de gravar quase todos os instrumentos?

Eu compus todo o trabalho e gravei as bases em dois dias de frenesi rsrsrsrs. É claro que alguns trechos eram pedaços de idéias soltos que eu já tinha experimentado, ou pensado, mas a maior parte foi composta nesses dois dias, onde eu também estruturei as idéias e o caminho a ser seguido. Depois disso eu quase abandonei o trabalho, pois estava trabalhando no disco do mama, que deu um trabalhão para ser feito, então quando eu me cansava do mama eu ia pro bailando e dava uma desestressada rsrsrsrs. Com as bases prontas fui até o estúdio do meu brother Clayton Martin (baterista do Cidadão Instigado) e colocamos as bateras. Ele me ajudou bastante a arrumar alguns trechos e trouxe idéias valiosas, além de um puta som de batera. Depois fui lapidando sozinho e com calma, nas folgas do mama, gravando tudo e testando muitas possibilidades… foi um disco que demorou pra ser feito, que foi muito testado e muito trabalhado. Esse tempo que levou e a calma com que foi feito foram importantes pro resultado final. Acabei tocando quase tudo por que a maioria dos meus amigos estava ocupada ou não se interessou muito pelo projeto rsrsrsrsrs. Mas isso foi bom pois pude fazer da maneira que queria e ter a calma pra fazer, foi uma experiência importante.

4. Em que outros trabalhos seus, você considera que existe uma proximidade com o Bailando com a Senorita B?

O bailando é um disco diferente, tanto por ser uma trilha sonora como pela maneira com que foi gravado, comigo tocando todos os intrumentos e lapidando lentamente os sons. Mas a maneira de compor, a estrutura mesmo da coisa, é um processo que venho desenvolvendo há bastante tempo, então dá pra perceber um estilo característico que vem desde os discos do flaming salt e que agora se consolidou, uma maneira bem própria de compor e organizar a música. Vc pode perceber uma linha que segue todos os discos do mama e até o primeiro do dharma (que continha somente músicas do led Zeppelin em versões instrumentais). Em todos esses trabalhos existe uma maneira específica de compor, em todos há uma ligação. Estamos fazendo esse trabalho ao vivo, com uma formação bem estranha – baixo, batera, sax e flauta, mudamos bastante os arranjos mais dá pra sacar essa característica comum em todos os meus trabalhos, hoje em dia as minhas idéias são bem mais claras e consegui chegar bem mais próximo daquilo que quero, mais ainda tenho muita coisa pra fazer, pra descobrir, enfim tem ainda muita maluquice pra acontecer…

Baptista Virou Máquina (2011) – Burro Morto

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1. O Céu Acima do Porto
2. Transistor Riddim
3. Tocandira
4. Baptista, o Maquinista
5. Volks Velho
6. Foda do Futuro
7. Kalakuta
8. Cataclisma
9. Volte Amor
10. Luz Vermelha

Baptista Virou Máquina é o nome do primeiro disco cheio da banda de música instrumental paraibana Burro Morto. Em 2009 eles lançaram o EP Varadouro (postado por aqui também) e ano passado, através do Prêmio Pixinguinha gravaram esse belo registro. É notável no álbum o amadurecimento das idéias que estavam que estavam no trabalho anterior, lapidando o funk, dub, afrobeat e o rock psicodélico pertencentes à sua música.

O trabalho foi construído em cima do conceito de um habitante da moderna vida industrial, trabalhando musicalmente o cotidiano do tal “Baptista” e transformando o mesmo em um filme, que saiu junto com o disco em formato de DVD. O disco foi gravado e produzido ao longo do ano de 2009 no próprio estúdio dos caras, em João Pessoas, e teve a ilustríssima participação do guitarrista Fernando Catatau.
Baixe essa pedra!!

Em Busca da Verdade (2006) – Mamma Cadela

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1. Lição Marítima n1
2. Papa Passarinho
3.  Meus Eletrodomésticos
4. Abraço dos Militares
5.  Dentadura de Robô
6. Lapin Noir
7.  Da Espanha pro Brasil
8. Natu Nobilis
9.  Jantar com Kubrick
10. A Suiça me Deixou Sem Suingue
11. Bohemia Sem Calcinha

Primeiro disco dos paulistanos do Mamma Cadela, Em Busca da Verdade é um dos grandes álbuns da música instrumental contemporânea feita no Brasil. Lançado em 2006, é uma grande miscelânia de ritmos universais. A grande busca, a tal “verdade”, é a mistura que eles fazem na sua música; é como se o Pink Floyd sessentista tivesse caminhado pela música brasileira, levado pelos acordes da guitarra de Fernando Coelho, e arriscando também algumas interpretações precisas do cancioneiro popular brasileiro, contidas nos samples muito bem escolhidos por pelos riscos de Ismael Lima.

Outras referências presentes no disco e na produção do Mamma, são o jazz, sendo ditados pelas harmonias e melodias dos teclados de Fábio Pinc e no baixo de Vanílson Rodriguez, e levadas de trip hop que saem das baquetas ousadas de Ladislau Karlos. Os integrantes fazem parte de outros projetos como Seychelles e o tecladista Fábio Pinc, produziu os próprio e a banda paulistana Ludov. Em todo esse caldeirão sonoro de referências e influências, muitas vezes, ao ouvir o disco, temos a sensação de estar frente à uma grande tela e ver um filme sinestésico e lisérgico.

O disco está disponibilizado pra download no próprio site da banda.
Embarquemos na película e busquemos o que o Mamma Cadela procura…

Mocumentário (2012) – Fóssil

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1. Áeropostale
2. Secesso
3. Lençóis
4. Missa Nova
5. Marraquexe
6. O Inventor
7. Trip-Charme
8. Esmeralda

Dia de celebração aqui no Boca Fechada! Mais um tijolada do novo instrumental brasileiro. Semana passada, postamos o disco novo do  Mama Gumbo, com uma entrevista de um dos integrantes. Foi sucesso total! Batemos recorde de visualizações e tanto disco como entrevista geraram uma certa repercussão.
Seguindo na mesma linha, hoje é a vez do disco novo do Fóssil , o Mocumentário, que a própria banda disponibiliza pra download em seu site. Os caras são cearenses e estão radicados em São Paulo há cerca de 4 anos, aumentando a grande comunidade de artistas fodas que residem na Babilônia brasileira. Mocumentário é o quarto registro (possuem uma demo, um EP e outro álbum) da banda e a sonoridade distinta entre eles é perceptível, principalmente entre Insônia {La Movimentacion Musicale Intermezzo Minimal} de 2008 e oMocumentário.

O sincretismo entre imagem e som, nas músicas da banda é notado e enaletecido pelos próprios (já fizeram alguns projetos nesse sentido) e nesse registro conseguimos perceber mais esse diálogo, além de, o Mocumentário ser uma espécie de jornada de vida, uma história. O nome significa um tipo de documentário baseado em histórias fictícias, e com a existência de poemas em algumas músicas, recitados por Elisa Porto e por Vitor Colares, um dos guitarristas, essas histórias ganham vida. São trilhas de contos, que mostram a universalidade do som da banda e também, mesmo com migração para São Paulo, um vínculo maior com suas raízes. Recortes de tempo espaço da urbana São Paulo, representados pelo rock, e também lapsos e jornadas até ritmos mais brasileiros, gênese do grupo.

Nessa nova fase, a formação do Fóssil é: Eric Barbosa (guitarra), Vitor Colares (guitarra e violão de nylon), Vítor Blhum (bateria), Rodrigo Colares (escaleta, piano e synth) e  Klaus Sena (baixo) . Mocumentário foi gravado no estúdio Cambuci Roots e produzido pela própria banda, além de contar com uma bela arte gráfica por Nelson Oliveira e Peixaria, coletivo de artes visuais de cearenses e mineiros também radicados em São Paulo.
Pra mais informações sobre o disco, acesse o blog do Fóssil e pra ouvir o Mocumentário, clique aqui!

Mama Gumbo (2004) – Mama Gumbo

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1.Tyfoid Flamin’ Beat
2.Brubeck “En” Pesadelo
3.Normal Blues
4.Vagarillo
5.Tagina Quebrada
6.Serginfinitus
7.Grizzpack Flunder
8.You Can’t Catch Me
9.Cobalto Dancing
10.Inferno De Lux
11.Chapati
12.Opus Motel

Mama Gumbo é umas das bandas precurssoras da nova música instrumental que surgou na virada do milênio aqui no Brasil. Mais livre de rótulos, “menos chata” e virtuose essa música consegue se aproximar mais do público e da música popular, não se afastando de uma estética refinada e muito experimentalismo.
Todas essas características são encontradas no primeiro álbum do grupo, formado na periferia de São Paulo e que já está há quase dez anos na estrada. Conseguimos perceber nele o jazz  como base das composições e temas, mas nota-se também blaxploitation, música brasleira, música moderna e temas de trilha sonora.

A formação atual do grupo é diferente a do primeiro registro. Hoje, o grupo conta com 4 integrantes (em alguns monetos, já contou com 5): Alex Cruz, com seus temas quentes e psicodélicos nos teclados e paino e Tiago Rigo, que toca baixo no disco e atualmente bateria . João Paulo, o outro músico do disco toca bateria, baixo e guitarra, porém está mais no grupo.
Os 3 fazem a música do Mama Gumbo soar urbana, saída do caldeirão sonoro da capital paulista direto para os cérebros atentos ao bom som.
O Mama Gumbo possue além desse primeiro álbum, outros três:  “Ao Vivo no Cidadão do Mundo” (2007), “Eletroroots” (2009) e o recém lançado “Na Garagem dos Cães (2011). Fontes seguras disseram que o quinto álbum está totalmente pronto e que em breve  ganha as ruas e nossos ouvidos.
“Mama Gumbo” de 2004 foi disponibilizado pelos próprios caras. Pedrada!!

Batman (Bat Boys) – Trilha Sonora (1966)

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batman

01 – Batman Theme
02 – Mighty Mayhem
03 – Cheatin’ Charlie
04 – Uppercut Blues
05 – Fight Flight
06 – The Villain Strikes
07 – Out With the In Crowd
08 – Behind the 8 Ball
09 – Mars Visitor
10 – It’s Murder!

Aí galera, esse disco aí é umas das trilhas sonoras do Batman. É das antigas, mas infelizmente eu não consegui descobrir quando foi lançada nem quais foram os artistas responsáveis pelo som. E também não consegui achar uma imagem melhor da capa. Mas vale a pena conferir o som, várias músicas conhecidas, variando entre jazz, blues e funk.

Download: Clique aqui